A importância médica das baratas sinantrópicas
certamente é um dos aspectos mais relevantes, já
que existem algumas espécies que carregam microorganismos
como vírus, bactérias, fungos e protozoários.
As baratas ao deslocarem-se pela rede de esgoto e outros
ambientes propícios ao desenvolvimento de patógenos
trazem consigo microorganismos junto ao corpo que posteriormente,
quando em contato com o alimento e utensílios, contamina-os.
Por sua vez, o homem ao ingerir esse alimento contaminado,
pode adquirir os patôgenos e adoecer. As baratas podem
também roer a mucosa labial ou a extremidade da mão,
principalmente de crianças durante o sono, devido
à presença de resíduos açucarados
que servem de alimento. Isso pode causar irritação
e formação de ferida no local denominada “herpes
blattae” que requer cuidados médicos. As fezes
podem ser inaladas e causar distúrbios no trato respiratório
ou ainda, reações alérgicas. Finalmente,
esses insetos são potencialmente hospedeiros intermediários
de vermes que infectam alguns mamíferos e eventualmente
o homem.
No ambiente natural, as baratas desempenham os papeis ecológicos
de cicladores de nutrientes e de decompositores de madeira
morta. No primeiro caso, suas fezes, ricas em compostos
de nitrogênio fertilizam o solo. Já, no segundo
caso, reduzem a madeira morta do solo, dispondo-a para os
microorganismos que produzem húmus. Desse modo, as
baratas contribuem para a manutenção da vida
no planeta.
Já o interesse científico pelas baratas decorre
de seu uso como modelo de estudos de anatomia e fisiologia
de insetos e há pesquisadores que criam esses animais
para estudos sobre os mecanismos de resistência a
inseticidas, bem como, para servirem de alimento para vários
outros animais de laboratório.
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