Os inibidores de quitina estimulam a má-formação
dos triatomíneos, deixando-os suscetíveis
a ação dos predadores, pois há
a interferência na produção de
quitina que é essencial para a formação
do exoesqueleto no processo de ecdise.
A melhoria habitacional abrangeria não apenas
o domicílio, mas também o peridomicílio.
Diferentes técnicas de construção
simples e de baixo custo têm sido desenvolvidas,
como a obtenção de tijolos mais resistentes
que o adobe e o barro utilizados. No entanto, apenas
a melhoria em si não é suficiente para
o controle do “barbeiro”. É necessária
uma mudança de comportamento dos moradores
da residência. Estudos demonstraram que as casas
de alvenaria recém-construídas podem
ser rapidamente colonizadas por triatomíneos,
desde que sejam mantidas a desorganização
(sujeira) interna e os esconderijos do mesmo.
Outro método de prevenção é
o controle biológico. Este não possui
a finalidade de eliminar os triatomíneos, mas
a manutenção do equilíbrio entre
a população e os seus predadores. Foram
identificados diversos animais que naturalmente parasitam
ou predam os triatomíneos como: fungos (exemplo:
Metarrhizium anisopliae), micro-hemípteros
(insetos dos gêneros Telenomus e Ooencyrtus),
além de formigas, micro-ácaros e aranhas.
Finalmente, há os inseticidas organoclorados
e piretróides que correspondem ao método
barato e rápido. Sua aplicação
acarreta o decaimento rápido da população
intradomiciliar, obtendo-se a negativação
das casas em pouco tempo e a interrupção
da transmissão vetorial. Todavia, os organoclorados
possuem um efeito residual, não são
biodegradáveis e, por isso, o uso contínuo
na agricultura levou a casos de intoxicação
animal e humana (hemorragia capilar cerebral, hepática
e renal) e ao desequilíbrio biológico.
Por isso a Organização Mundial da Saúde
criou uma lei (Portaria Ministerial n° 356, de
14/07/71) proibindo o uso agropecuário dos
inseticidas organoclorados.
Atualmente são utilizados outros inseticidas
testados pelo Programa de Controle da Doença
de Chagas: os piretróides, ésteres de
ácido crisantêmico, delmatrina, cipermetrina
e a lambdaciolotrina.