Atualmente, a dengue é a mais importante doença transmitida por vetores nas Américas. É uma ameaça à saúde de milhões de pessoas que vivem em áreas urbanas, onde vive o seu vetor biológico, que é o mosquito Aedes aegypti. Assim, não é possível transmitir dengue por contato físico, secreções, alimentos ou qualquer outra forma além da picada do mosquito Aedes aegypti.
A complexa relação entre as variáveis climáticas, abundância do mosquito, densidade de hospedeiros humanos e sorotipos virais definem a heterogeneidade da transmissão da doença.
O vetor Aedes aegypti se reproduz quando as fêmeas colocam ovos na parede de recipientes artificiais e reservatórios pequenos e as larvas eclodem em contato com a água. Quando a fêmea do mosquito está infectada, seus ovos podem conter larvas que já carregam o vírus da dengue e, assim, gerar mosquitos capazes de continuar a transmissão da doença para a população.
Para que o processo de reprodução ocorra, é necessário o amadurecimento dos ovários das fêmeas, que se dá quando estas conseguem uma alimentação sanguínea. Depois de fertilizadas pelos machos, fazem a postura de ovos e são necessários, em média, sete dias após a fêmea colocar os ovos, para o desenvolvimento das larvas. Este tempo pode variar de acordo com fatores como temperatura e quantidade de matéria orgânica disponível na água que está em contato com a larva.
Quando os ovos não entram em contato com a água parada para que as larvas eclodam, estes permanecem embrionados e sem eclodir nos recipientes onde foram colocados mesmo quando são transportados, como no caso de pneus. Nessa forma latente, podem ficar várias semanas e assim viajar na forma de uma dispersão passiva, feita pelo homem.
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