O combate se concentra
nos métodos de eliminação dos roedores
infestantes e, didaticamente, são divididos em três
grandes grupos: mecânicos (ou físicos), biológicos
e químicos (raticidas).
Os métodos mecânicos
ou físicos são baseados em armadilhas como a
ratoeira “quebra-costas” e ratoeiras do tipo gaiola
(alçapão, mundéu, guilhotina, etc). Sendo,
ainda, a mais eficaz a “quebra-costas”.
As iscas utilizadas
variam conforme a espécie que habita o local infestado.
Pedaços de “bacon”, toucinho, peixe ou
salsicha são excelentes para atraírem ratazanas
(Rattus norvegicus) e ratos de telhado (Rattus
rattus), já pedaços de pão untados
com pasta de amendoim são iscas muito atrativas para
camundongos (Mus musculus). Os camundongos não
são ratos, e se diferem destes por serem do gênero
Mus, e por possuírem o comprimento da cauda igual ou
pouco maior do que a soma do comprimento da cabeça
mais o corpo. Ainda, apresentarem formas e extremidades afiladas.
As ratoeiras oferecem
certas vantagens, como: dispensar o uso de qualquer raticida,
permitir a visualização pelo usuário
do resultado do trabalho, além de eliminar o problema
de ratos mortos em lugares inacessíveis ou escondidos,
os quais podem causar maus odores.
No entanto as armadilhas
não são tão eficazes contra ratos de
telhado e ratos de esgoto, pois são animais naturalmente
desconfiados e dificilmente se aproximam de objetos novos
em seu território (neofóbicos).
Existem outros processos
físicos para combater roedores, como as placas de cola
e os aparelhos de ultra-som. As placas de cola são
colocadas nos caminhos dos roedores, os quais ficam presos
devido à viscosidade da cola empregada. Esse tipo de
armadilha é severamente criticado por entidades protetoras
de animais, por provocar agonia e sofrimento no roedor antes
da sua morte por exaustão. Por outro lado, quando os
outros roedores das colônias visualizam o indivíduo
preso, rapidamente aprendem sobre a condição
de perigo e passam a evitá-la.
Os aparelhos de ultra-som
emitem sons de freqüências altas inaudíveis
aos humanos, mas perfeitamente escutados pelos roedores. Esses
sons provocariam a evasão dos mesmos, e evitariam a
invasão da área infestada. Todavia, esse dispositivo
não foi capaz de produzir esses efeitos, devido à
rápida acomodação auditiva dos ratos
e camundongos e também às áreas de “sombra”
atrás de objetos presentes no recinto, onde o ultra-som
não atinge.
Os métodos biológicos
(controle biológico) não são recomendados
pela Organização Mundial da Saúde por
considerá-los potencialmente perigosos. Visto que tentativas
anteriormente utilizadas, como no caso da aplicação
de bactérias da espécie Salmonete enteritides
causadoras de severas diarréias de curso mortal em
roedores, forem frustradas devido à inespecificidade
do patógeno, causando assim sérios acidentes
com outras espécies de animais.
Finalmente, os métodos
químicos ou rodenticidas, erroneamente conhecidos como
“raticidas”, os quais são drogas desenvolvidas
e preparadas para causar a morte do roedor, ressaltando-se
aqui a toxicidade de todos os rodenticidas. Portanto, estes,
devem ser manuseados, empregados e armazenados com cuidado
e conhecimento, tal como os inseticidas, os produtos de limpeza,
os detergentes, certos solventes, etc.
A legislação
Brasileira impõe normas para o uso e a composição
dessas drogas. Atualmente todos os rodenticidas devem estar
registrados na ANVISA. É preciso atentar a esse fato,
pois ainda hoje há uma série rodenticidas ilegais
à base de arsênio ou estricnina. A legislação
também não permite a comercialização
desse produto na forma líquida, desta maneira podem
ser identificadas as drogas ilegais.
Há ainda, as
medidas preventivas, o controle ambiental dos roedores, o
qual é feito através de melhorias das condições
higiênico-sanitárias das moradias da população,
armazenamento apropriado de alimentos, destino adequado do
lixo, cuidados com a higiene, remoção e destino
adequado de resíduos alimentares humanos e animais,
manutenção de terrenos baldios murados e livres
de mato e entulhos, limpeza e desinfecção de
áreas domiciliares potencialmente contaminadas.
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