Algumas
espécies de anofelinos são vetores de uma das
mais temidas doenças, a Malária, esta é
uma doença infecciosa, causada por um protozoário
(o Plasmodium) e é transmitida de uma pessoa para outra,
através da picada de um mosquito do gênero Anopheles,
ou por transfusão de sangue infectado com plasmódios.
Não existe vacina para a malária, e o ser humano
pode contrair diversas vezes a doença.
O anofelino mais importante
no Brasil é o Anopheles darlingi, por ser
aqui o principal vetor da malária, isso se deve a sua
grande domesticidade e preferência pelo sangue humano.
Em regiões onde o Anopheles darlingi inexiste
ou é raro, a transmissão da malária pode
acontecer através do Anopheles aquasalis ou
o Anopheles albitarsis.
Dengue
Causada por um vírus
e transmitida por Aedes aegypti e por outras espécies
de Aedes. Seu nome se deve ao fato de ter sido originalmente
descrito do Egito, foi "distribuído" pelo
homem através de embarcações, trens entre
outras formas. No Brasil está sempre próximo
ao domicílio humano, raramente em ambientes silvestres.
Sua importância se dá ao fato de ser transmissor
da Febre Amarela e Dengue. Para se procriar procura recipientes
artificiais que se enchem de água de chuvas quando
abandonados a céu aberto, esses recipientes podem ser
caixas d'água, pneus, latas, vasos, piscinas e aquários
abandonados etc., sendo que procuram por água limpa.
Ovos desse mosquito quando colocado sob as paredes de recipientes
podem resistir sem água por muitos meses, portanto
quando cheios novamente pela água da chuva, por exemplo,
tem-se um novo ciclo se formando.
Cada fêmea de
Aedes aegypti produz de 70 a 150 ovos. Seu ciclo
evolutivo dura de 11 a 18 dias, e o adulto chega a viver 154
dias. Em um mês a fêmea pode se alimentar 12 vezes
(repastos sangüíneos), picando várias pessoas,
isso é importante, pois quanto mais vezes e mais pessoas
a fêmea picar, maior a chance de poder transmitir doenças.
Filariose
Causada por um
verme que é transmitido principalmente por espécies
de Culex, Conhecido como "pernilongo comum",
esse mosquito é o principal vetor da filariose humana,
conhecida também como elefantíase . As filárias
têm o corpo fino e alongado. Elas são transmitidas
para o homem através da picada do Culex (quando este
está infectado), nesse momento as larvas das filárias
caem no sangue do homem que é o hospedeiro definitivo,
onde irão se reproduzir. Os adultos desses parasitas
ficam no sistema linfático e as suas larvas circulam
por todo o corpo. Causam feridas e inflamações,
chegando a causar hipertrofia no local da ferida.
A filariose é
uma doença comum em países com clima quente
e úmido como o Brasil, possui grande importância
na África ,e foi uma doença prevalente no Brasil,
mas hoje, encontra-se restrita a alguns focos persistentes
no Pará, Pernambuco e Alagoas. Não são
todas as espécies do gênero Culex que transmitem
a doença, no Brasil destaca-se o Culex quinquefasciatus.
Esse mosquito possui hábito noturno, o que quer dizer
que costuma picar durante a noite (diferente do Aedes). É
um inseto bem adaptado aos costumes humanos, procriando-se
com facilidade em águas poluídas.
Leishmaniose
A leishmaniose
é uma doença não contagiosa causada por
parasitas que invadem e se reproduzem dentro das células
que fazem parte do sistema imunológico da pessoa infectada.
Esta doença pode se manifestar de duas formas: leishmaniose
tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar.
A leishmaniose
tegumentar ou cutânea é caracterizada por lesões
na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta
(esta forma é conhecida como “ferida brava”).
A visceral ou calazar é uma doença sistêmica,
pois afeta vários órgãos, sendo que os
mais acometidos são o fígado, baço e
medula óssea. Sua evolução é longa
podendo, em alguns casos, até ultrapassar o período
de um ano.
Sua transmissão
se dá através de mosquitos que se alimentam
de sangue, e, que , dependendo da localidade, recebem nomes
diferentes, tais como: mosquito palha, tatuquira, asa branca,
cangalinha, asa dura, palhinha ou birigui. Por
serem muito pequenos, estes mosquitos são capazes de
atravessar mosquiteiros e telas.
Os sintomas variam
de acordo com o tipo da leishmaniose. No caso da tegumentar,
surge uma pequena elevação avermelhada na pele
que vai aumentando até se tornar uma ferida que pode
estar recoberta por crosta ou secreção purulenta.
Há também a possibilidade de sua manifestação
se dar através de lesões inflamatórias
no nariz ou na boca. Na visceral, ocorre febre irregular,
anemia, indisposição, palidez da pele e mucosas,
perda de peso, inchaço abdominal devido ao aumento
do fígado e do baço.
A melhor forma
de se prevenir contra esta doença é evitar residir
ou permanecer em áreas muito próximas à
mata, evitar banhos em rio próximo a mata, sempre utilizar
repelentes quando estiver em matas, etc.
Esta doença
deve ser tratada através de medicamentos e receber
acompanhamento médico, pois, se não for adequadamente
tratada, pode levar a óbito.
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