|
A palavra praga, num sentido amplo, é usada para se
referir a uma espécie qualquer que tem capacidade de
causar danos aos humanos, prejudicando a produção
de alimentos, entre outros bens, ou nos causando desconforto
de alguma forma.
Para a agricultura,
entretanto, a definição de praga está
relacionada aos prejuízos econômicos produzidos,
em geral, por nematóides, ácaros ou pelos insetos,
ou ainda por ervas daninhas que competem com as plantas de
interesse comercial. É considerada uma praga econômica
a população de insetos que causa um determinado
nível de perda financeira, a qual varia de acordo com
a praga em questão, com a cultura e época do
ataque.
»
Introdução
(saiba mais) |
|
Os afídeos são um dos grupos de insetos-pragas
mundialmente distribuídos, e ocasionam prejuízos
consideráveis na agricultura e em sistemas florestais
Os pulgões podem
atacar plantações, levando as plantas à
morte devido à debilidade causada ao alimentar-se de
sua seiva.
»
Biologia
(saiba mais) |
|
Os pulgões formam
grandes colônias de insetos em praticamente todos os
habitats aonde existirem vegetais. Alimentam-se em troncos,
ramos, folhas, raízes e partes reprodutivas das plantas,
causando-lhes freqüentemente grandes danos em função
de suas grandes populações. Podem existir tanto
nas copas de enormes árvores como nas raízes
de pequenas plantas. Os efeitos diretos são provenientes
do sugar da seiva, injeção de substâncias
nocivas presente na saliva, interferência no desempenho
fisiológico das culturas e retirada de nutrientes essenciais
para o crescimento das plantas. Os efeitos indiretos, como
enfraquecimento geral da planta, são causados pela
transmissão de diversas viroses, pela excreção
do orvalho açucarado e trocas nas comunidades de microflora
nas superfícies das plantas, que pode influenciar a
fisiologia da cultura. A ação de sugar a seiva
de ramos provoca um amarelamento e posterior escurecimento
das acículas do ramo atacado e esses sintomas são
mais facilmente visíveis durante as estações
secas do ano.
|
|
Nos pulgões
podem ser encontrados vários tipos de ciclo de vida.
Mas em geral, o ciclo é bem curto, podendo gerar uma
geração por semana, com cerca de 10 ninfas por
fêmeas por dia.
Espécies
de pulgões típicos de regiões frias costumam
ter um ciclo de vida um pouco mais longo e a sua multiplicação
é menor. Em regiões de clima temperado, a característica
fundamental é a alternância de uma geração
que se reproduz de forma sexual (com cruzamento) com várias
gerações que se reproduzem de forma assexuada
(sem cruzamento), nas quais somente fêmeas partenogenéticas
são produzidas, a qual é denominada de holocíclica
ou de partenogênese teletóquica. Esse fenômeno
é uma característica primitiva da vida dos pulgões.
Como resultado dessa diferenciação, existem
diferenças também morfológicas, ou seja,
no corpo do pulgão, sendo que indivíduos que
não possuem asas se reproduzem mais em relação
àqueles que possuem as possuem, uma vez que esses insetos
alados são especializados para a dispersão.
O tamanho do corpo do inseto não o impede de voar,
porém influencia sua capacidade de migrar, já
que os insetos grandes têm maior capacidade de dispersão
que os pequenos. |
|
Os pulgões, como
foi dito, se reproduzem sexuadamente ou através de
partenogênese telítoca (ou telitóquica),
ou seja, fêmeas colocam ovos que originam somente fêmeas
sem a necessidade de machos para a cópula. Em locais
onde há frio intenso, reproduzem-se por partenogênese
cíclica, (devido á essa alternância de
gerações), pois os machos só aparecem
próximo ao inverno, e assim pode ocorrer a reprodução
sexuada, onde ocorre cruzamento. No restante do ano, as espécies
se reproduzem por partenogênese. Estes insetos apresentam
dois tipos de fêmeas: a) as ápteras, encarregadas
da reprodução dentro da colônia em que
pertencem e b) as aladas, que são responsáveis
por disseminar a espécie para outros locais.
|
|
Normalmente os agricultores ou pessoas que sofrem de problemas
com essa praga na produção de plantas ornamentais,
costumam utilizar inseticidas químicos, fato que pode
causar o aumento na quantidade de afídeos devido ao
desequilíbrio resultante da destruição
de inimigos naturais e redução do controle biológico
natural. Disso decorrem alterações em interações
importantes na regulação populacional de espécies
fitófagas.
»
Métodos
de Controle (saiba mais)
|
|
Referências
Bibliográficas |
|
|