As fezes expelidas pelos afídeos contém
grande quantidade de açúcares, constituem
a substância adocicada tão apreciada
por algumas espécies de formigas, em especial,
as formigas melívoras. Essas substâncias
doces liberadas pelos pulgões (chamada de orvalho
açucarado) podem também favorecer o
aparecimento de algumas espécies de fungos.
Esses fungos, ao se desenvolverem nas folhas, causam
o crescimento de um bolor de cor preta, denominado
fumagina, que pode dificultar a realização
da fotossíntese. Esse fato também prejudica
o desenvolvimento correto da planta.
Os pulgões, por serem pequenos, sofrem grande
influência da temperatura. Cada espécie
de pulgão tem preferência por uma temperatura,
em que se desenvolve melhor e que pode variar entre
populações de locais diferentes. Como
consequência, o tempo médio de desenvolvimento
e de vida desses organismos diminui com o aumento
da temperatura. Além de afetar a velocidade
com a qual se desenvolvem, a temperatura afeta também
a velocidade de reprodução. Sabe-se,
por cálculos matemáticos, que se as
condições forem perfeitamente favoráveis,
um pulgão poderia, teoricamente, gerar 600
bilhões de pulgões em uma única
estação.
As plantas são de extrema importância
para a vida dos afídeos, uma vez que muitas
características dependem da qualidade das plantas
que parasitam e da temperatura que predomina no ambiente
em que vivem. O ciclo de vida dos insetos da família
Aphididae é variável. Porém,
na maioria das vezes, esses insetos se reproduzem
anualmente (apenas uma vez ao ano) e podem mudar de
planta hospedeira. Já as espécies da
Sub Família Lachninae apresentam um ciclo de
vida também anual, e não trocam de planta
hospedeira, preferindo as árvores de tronco
duro, como os insetos das tribos Cinarini e Lachnini,
por exemplo, ou em raízes, como os da tribo
Tramini.
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