A ciência possui várias hipóteses e
experimentos para explicar a natureza de localização
de animais migratórios, mas não existem respostas
muito claras. O que se sabe com certeza é que existem
diferentes mecanismos e modalidades sensoriais envolvidos.
Experimentos com pombos demonstraram que em dias ensolarados
os animais retornam mais rapidamente ao ninho e, em dias
nublados eles ficam menos precisos e se perdem um pouco
mais facilmente. Isso indica que os animais utilizam o sol
como uma bússola. Como a posição do
sol muda conforme as horas do dia se passam, o pombo precisa
saber a hora do dia para poder se localizar e seguir sua
rota, necessitando assim de um relógio interno. Essa
hipótese foi comprovada ao forneceem luz a esses
animais horas antes do sol nascer durante alguns dias, mudando
assim sua percepção de horário. Após
esse tempo, os animais foram soltos e voaram se localizando
a partir do sol, porém eles erraram a rota por estarem
com uma noção diferente de horário.
No entanto, em dias nublados, os pombos encontraram seus
ninhos normalmente, indicando que há outra forma
de orientação que não através
do sol.
Outras hipóteses e experimentos tentam comprovar
e explicar quais são e como funcionam os outros mecanismos
de localização. Entre eles estão a
utilização de luz polarizada, luz ultra-violeta,
sons de baixa freqüência e a percepção
do campo magnético da Terra.
Apesar de tantos estudos, toda a complexidade envolvida
nessas questões ainda está longe de ser compreendida
pelo homem.