Unidades
de Terapia Intensiva (UTIs) são estruturas únicas
dentro de um determinado hospital que se destinam a tratar
pacientes graves, de um modo geral. Os CTIs são Centros
de Terapia Intensiva e nesses centros são albergadas
as Unidades de Terapia Intensiva. Dentro desses centros, a
presença de uma equipe multidisciplinar bem treinada
é essencial, pois os pacientes ali internados podem
apresentar, a qualquer momento, descompensação
de um ou mais sistemas orgânicos.
As áreas de tratamento
intensivo de pacientes (UTIs e CTIs) devem, necessariamente,
estar isentas de quaisquer fontes de contaminação
devido à presença de pacientes debilitados fisicamente
tanto pela doença em si como pelo tratamento, já
que muitas vezes é necessária a administração
de drogas que comprometem o sistema imunológico do
paciente, sendo que ambos os fatores tornam esse indivíduo
mais susceptível a contrair infecções.
Para isso, é preciso cuidar para que formigas, moscas
ou baratas não tenham acesso a esses ambientes, já
que são veiculadoras de micro-organismos resistentes
aos principais antimicrobianos utilizados na terapia de pacientes
internados.
As áreas de tratamento
intensivo possuem aparelhos, médicos, enfermeiros e
protocolos diferenciados, o que torna difícil o remanejamento
do paciente internado em áreas de tratamento intensivo
de hospitais que apresentam somente uma UTI ou CTI. Por isso,
a prevenção é a principal medida a ser
tomada em relação ao aparecimento de pragas.
Assim, a instalação
de cortinas de ar e telas de proteção é
essencial para evitar infestações em unidades
de tratamento intensivo. As vestimentas dos médicos
e enfermeiros devem ser diferenciadas e exclusivas para o
acesso ao local e a desinfecção com produtos
químicos deve ser feita periodicamente. Na tabela 3
a seguir estão os principais produtos utilizados na
desinfecção nas áreas de terapia intensiva
e sua classificação de toxicidade ao paciente:
Baixa Toxicidade |
Alta
Toxicidade |
Oxidantes |
Compostos quaternários
de amônia |
Álcool |
Fenólicos |
Ácidos orgânicos |
Hipoclorito de sódio |
Aldeídos |
Biguanidas |
Tabela 3. Níveis
de toxicidade para humanos de alguns agentes mais comumente
utilizados para desinfecção hospitalar.
No
entanto, nem sempre essas medidas preventivas asseguram que
o ambiente esteja isento de insetos e é preciso realizar
ocasionalmente a desinsetização do local para
garantir a esterilidade. Bimestralmente, deve ser realizada
uma inspeção nas áreas de tratamento
intensivo, e, somente quando necessário, deve ser feita
a desinsetização do local. Para evitar isolar
e fechar as áreas de tratamento intensivo para a dedetização,
muitos hospitais realizam uma limpeza pesada após a
saída de pacientes, atenuando, ou até mesmo
eliminando quaisquer possíveis focos de infestação.
Diante
dos problemas encontrados, a principal saída em relação
ao controle de pragas nas UTIs e CTIs reside na detecção
da causa do aparecimento delas e na eliminação
desta. Deste modo, evita-se não somente a intoxicação
dos pacientes pelos produtos desinsetizantes, mas também
o reaparecimento de formigas, baratas, moscas e qualquer outro
veiculador de doenças que possa acometer o local.
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